terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Papa Francisco esclarece em entrevista que não "expulsou" o Cardeal Burke

Cardeal Raymond Burke. Foto: Joaquín Peiro Pérez / Grupo ACI

ROMA, 08 Dez. 14 / 03:28 pm (ACI).- Na entrevista com o jornal argentino La Nación, o Papa Francisco desmentiu as notícias da mídia secular segundo as quais teria tirado de seu cargo o Cardeal Raymond Burke, Ex-prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica e atual Capelão da Soberana Ordem Militar de Malta.
Diversos meios especularam que a saída do Cardeal Burke do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica ocorreu por causa das suas declarações durante o Sínodo Extraordinário sobre a Família, no qual defendeu a indissolubilidade do matrimônio e se opôs à comunhão para os divorciados em nova união, entre outros temas.
O Santo Padre assegurou que “não é verdade que eu o bani pelo seu comportamento durante o Sínodo”, mas, pelo contrário, ele quis que o Cardeal Burke “participe do Sínodo como chefe de dicastério”.
Francisco recordou que “o Cardeal Burke um dia me perguntou o que ia fazer, já que ainda não tinha sido confirmado no seu cargo, na parte jurídica, e estava com a fórmula de donec alitur provideatur (‘até que se disponha outra coisa’)”.
Nessa ocasião, recordou, “disse-lhe: ‘Dá-me um pouco de tempo porque está sendo pensada uma reestruturação jurídica no G-9’ (o grupo dos 9 Cardeais conselheiros do Papa), e lhe expliquei que ainda não havia nada feito e que estava sendo pensando”.
“Depois surgiu o da Ordem de Malta e aí era necessário um norte-americano vivo, que pudesse se desempenhar nesse âmbito e pensei nele para esse cargo. E o propus muito antes do sínodo. E lhe disse: ‘Isso vai ser depois do sínodo porque quero que você participe do sínodo como chefe de dicastério’, porque como capelão de Malta não podia”.
O Papa assinalou que depois desse diálogo o Cardeal Burke “me agradeceu muito, em bons termos e o aceitou, acho que ele até gostou. Porque ele é um homem de muita ação, de viajar e aí vai ter trabalho”.
“Ou seja, não é certo que o bani pelo seu comportamento no sínodo”, concluiu.


FONTE: aci digital

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